É pra falar...

sábado, novembro 25, 2006

Poemas

Desculpe-me se demorei a falar
É que buscava as palavras certas
Só que não as achei
Não achei nenhuma que substituísse o sentimento
Nem as mais belas
Que perto de meus sentimentos
Achei simples demais
Não achei nenhuma que substituísse a dor
Ela é grande demais
E dá um nó em meu peito
Nenhuma que substituísse a esperança
Que enche o meu coração
E faz com que ele tenha motivos para bater
Enfim, tanto tempo, e nada se achou
Vai ver que elas se perderam
No dia que você me beijou

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Delírios de amor
Ébrios de paixão
Sofreguidão no coração
Lágrimas de saudade
Ósculos de grande afeição
Infortúnio na vida
Vontade de ser feliz
Vontade de esquecer
Que você tem medo de ser feliz


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terça-feira, novembro 14, 2006

Dedicado a você

É engraçado, né?! Como é que a gente, muitas vezes, precisa ter as coisas longe para dar a devida importância. Depois ficamos nos martirizando e perguntando o porquê de não termos feito e dito isso ou aquilo.
Eu poderia ter dito o quanto era e é importante ou quanto me fazia e faz falta. Mas não disse porque simplesmente não sabia, não reconhecia. Agora me falta coragem e o medo cria uma barreira que me impede de falar.
Fico aqui a pensar o quão bom seria se estivesses aqui e se soubesses quanta falta fazes a mim. Ah! se soubesses quantas vezes tua lembrança se mostra a mim e remete a nossos momentos tão bons, chego até sentir falta das nossas pequenas discussões(porque nos proporcionavam depois momentos de paz e amor).
De repente sinto uma aragem fria como se tu viesses ao meu encontro e me beijasses, chego a sentir o gosto inebriante dos teus lábios e afago de tuas mãos.
Fico assim a pensar e tentando encontrar um jeito de te falar e me livrar deste sentimento que na verdade nem eu sei direito o que é. Só sei que apesar de tudo é bom sentir e termino dizendo uma frase Fernando Pessoa que define a gente:
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"(Fernando Pessoa)


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segunda-feira, novembro 06, 2006

Ciúme



“Pensei que te construía para a multidão. Mas era para mim que te estava construindo.
Queria ser eu só a ver-te, mergulhando na minha admiração. Senti por ti essa espécie de ciúme que deve empolgar um artista que mostra aos estranhos a sua obra. Que é que eles sabem de ti? Eu é que sei onde ficaram as minhas noites, os meus olhos, a minha vontade: como os escultores sabem onde ficaram as suas mãos, os seus intuitos e a obstinação da matéria viva em escapar...
Ninguém te entende senão eu
Ninguém tem o direito de te amar.”

(Cecília Meireles – trecho da peça Ás de ouros)

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Sinto-me um pouco refletida neste texto. Pois eu sinto esse ciúme que invade e me faz achar que o conheço mais, que o sei mais e que o pertenço mais. E ainda, eu terminaria o poema dizendo – “Ninguém tem o direito de te amar senão eu".
Completamente egoísta e possessivo? É, eu sei. Mas não é algo sufocante sem controle. É um cuidado, um zelo misturado ao medo da perda (pior parte).
É estranho esse ciúme que invade, essa vontade de colocar numa redoma. Estranho porque junto com ela vem a certeza de que isso é utópico, é desleal, é impossível...

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quinta-feira, novembro 02, 2006

Eleição



Gente, fiquei impressionada nas eleições. Como alguns sabem eu sou sempre convocada para trabalhar como mesária – exercendo duplamente a cidadania.
Bom, mas o que me choca a cada eleição é ver de perto o analfabetismo político das pessoas. Achamos que o 2ºturno seria melhor pois teria menos candidatos. As pessoas ficariam menos enroladas. Certo? Errado, mera utopia. As pessoas contiunuaram sem saber de nada.
Alguns chegavam e queriam saber o número da Jandira Feghali(candidata ao senado no RJ), outros o número de Marcelo Crivela(candidato ao governo do Estado no 1ºturno). Outros nem sabiam que estava tendo 2ºturno para governador no Rio. Outros não sabiam nem números e nem nomes, etc. Sem contar a quantidade de votos nulos.
Isto seria engraçado se não fosse trágico. Pois estamos nem aí para o futuro e nem queremos discutir política deixando mais e mais pessoas analfabetas. E o mais grave é que muitos de nós, que dissemos ser pessoas esclarecidas, assassinamos a democracia quando votamos nulo. Pois não importa a sua opinião ou sua escolha. O que importa primordialmente é que ao menos você tenha uma.

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